quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Wordpress

O Olhar de Pássaro voou para http://olhardepassaro.wordpress.com/.

Ilha das Flores - Ilha Rosa



Uma ilha que retrata os Açores. 
Este pedaço de terra rodeado de mar enfrenta as intempéries dos que resistem a viver no meio do oceano Atlântico, inevitável pronúncio da meteorológico para o arquipélago. Lagoas de S.Miguel, pastagens da Terceira, fajãs de S.Jorge, hortênsias do Faial, rocha vulcânica do Pico, em cerca de 142km² de terra
A ilha das Flores, já em placa continental americana, que assinala o seu extremo ocidental da Europa no ilhéu do Monchique, define-se pelo isolamento (resultante da forte emigração de quem em meados do séc.XX procurou encontrar uma vida melhor), necessidade de subsistência autónoma, e por uma beleza natural estonteante que convida a que nos meses de Junho a Setembro, a novidade e o movimento de açorianos e estrangeiros encontrem este lugar esquecido.
Tonalidades de verde e azul preenchem a visão nesta altura do ano. As flores cedem já as suas pétalas ao Outono que se avizinha, ao vento que se impõe, e à sempre presente chuva, em terra ou no mar. Decerto não é só por isso que apaixona. A sua reclusão própria, as vertiginosas cascatas que fluem ao encontro ou para o mar, a oportunidade de pescar, as lagoas que se avizinham, serpentear da ilha que no coloca no Nordeste ou Sete Cidades, outras vezes num cenário de piratas, quer certas iguarias locais, bem como o fabuloso acolhimento pelos florentinos, criam uma fotografia única. Naturalmente, uma ilha nestas condições também impõem certas limitações. Há que ter cuidado nos trilhos pedestres, o peixe não abunda, a carne não convida, o rent-a-car explora, a oferta de restauração e bar é limitada e o MB escasseia. Modernices!
A Fajã Grande, poço do Bacalhau, ilhéu da Alagoínha (Patas), cascata da Ribeira Grande, ilhéu do Monchique, Lagoa Funda e Rasa, Rocha dos Bordões, gruta dos Incharéus (acesso por mar), aldeia da Cuada (turismo rural), Ponta Delgada e Lajes são pontos de referência que merecem a visita, bem como, se o mar o permitir, um momento de pesca, uma volta à ilha e/ou uma visita à ilha do Corvo.
Os locais recomendam a visita em Julho, mas eu recomendo esta rota, sempre.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Herói, S.A.


A existência de um herói surge pela necessidade do ser humano de encontrar fé, sob qualquer forma, em algo superior e que se torne susceptível de fazer acreditar na superação dos obstáculos que se colocam na vida de cada um. A sua exteriorização ocorre muitas vezes por via dos media, cinema, dos livros ou dos jornais, como resposta a essa necessidade. Esta busca por algo superior, essencialmente puro, de inspiração para as nossas inseguranças, desafios, falta de ânimo ou qualquer outra lacuna pessoal ou profissional, que se funde com os nossos outros labirintos e recantos mais obscuros do ser, torna mais fácil encontrar essa figura em algo externo. Torna-se a saída mais fácil de encontrar a nossa luz, mas por vezes esquecemo-nos da nossa própria energia e das nossas próprias capacidades. Além de só procurar-mos a inspiração quando dela mais precisamos, não a trabalhamos, esquecemo-la no minuto subsequente e não encontramos um sentimento de pertença daquele talento. O nosso interior, como nos outros em quem encontramos a inspiração que buscamos, tem uma força tremenda, capaz de aguentar as condições mais adversas, as maiores contradições, desambiguidades e resistências internas e/ou físicas. O nosso corpo e mente permite ir a extremos que jamais admitimos como possíveis. Devemos sempre ter brio nas origens que nos formam, confiança na nossa força e desafiar os nosso próprios limites para impulsar a luz que almejamos. É esse olhar de pássaro que cada um de nós deve ter.
Encontrei ontem um invisual a percorrer o trilho pedestre do Sanguinho (Faial da Terra). Não sei onde ele terá encontrado a sua inspiração, mas ontem ele foi o seu próprio herói.
E tu, já encontraste o teu herói interior?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dual Slalom de Rabo de Peixe..



Há mais de dois meses estacionado na Rua do Rosário, em Rabo de Peixe. acho que o próximo passo será criar hortenses para tornar o obstáculo mais bonito..

Ilha Terceira - Ilha "Lilás"


Oraa.. Meich, Meich!!

Ilha de cor, alegria, tradição e união. A outrora Ilha de Jesus Cristo, que viu a sua denominação ser alterada para ilha Terceira por via da forte colonização de raízes judaicas, é hoje uma ilha dinâmica, diversificada e de enorme orgulho nos seus costumes. Os sempre agradáveis e bem-dispostos terceirenses, oferecem-nos uma gastronomia equilibrada, tourada à corda, um passeio pela ilha na sua vertente urbana e rural, quer através da sua riqueza edificada (património mundial da UNESCO) de Angra do Heroísmo, marcada pela cor, dinâmica, limpeza e (quase) inexistente património abandonado, quer pela cosmopolita Praia da Vitória. A natureza convida a passar pelas praias de areia branca, Biscoitos, Furnas do Enxofre, Gruta do Natal (nome origina por força da celebração de missa de Natal no seu interior), e sem deixar de conhecer o seu ex-libris, o Algar do Carvão. Um monumento da Natureza, com 100 metros de profundidade é o único cone vulcânico no mundo que tem condições de ser visitado. A sua visita é de paragem obrigatória, pois o seu interior, quer pela sua magnitude, diversidade e intensidade de cores que vão desde o negro, castanho, pastel até ao verde, pintadas pelas erupções e trabalhadas pela humidade e constante chuva, quer pelas suas estalactites (crescem 1cm a cada 100 anos), criam uma tela que preenche e não encontra comparação. 
A visita ao Museu do Vinho (Casa Agrícola Brum), nos Biscoitos, também proporciona uma passagem por quatro gerações de produção de vinho branco (Donatário, Da Resistência ou Ramo Grande) ou pelo Chico Maria (Seco, Meio-Seco e Doce), envolta em muita história, tradição e convívio com os discípulos de Baco. 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ilha de Santa Maria - Ilha do Sol (Amarela)


Esta ilha vive além do mês de Agosto, além do Rallye e do Festival da Maré de Agosto. Com o pulsar do Verão, o Hellenic Seaways traz à ilha ocasionais turistas ou marienses que regressam de férias, impondo a novidade nesta ilha. O passeio pela ilha, fora das festividades que trazem as massas a esta pérola do Atlântico, revela uma ilha desertificada, repleta de moradias senhoriais preservadas, terrenos áridos, bem como uma agricultura e pastorícia simples e pouco diversificada. Ainda se sente na ilha o movimento de outrora, em que as crianças devastavam as pastagens, exploravam os montes e os mais antigos geravam riqueza. A ilha permanece jovem, mas pouco habituada às novas exigências dos dias que correm, em que o ritmo de sempre resiste à mudança.
Vila do Porto, a Praia Formosa, a Baía de São Lourenço (presentemente em obras) e as piscinas naturais dos Anjos são pontos obrigatórios de passagem. A ida ao Pico Alto compreende a pura concepção de ilha, onde se poderá ter uma visão parcial de um pedaço de terra rodeado de mar. A ilha convida a disfrutar as piscinas naturais, as praias de areia branca, complementado por um petisco nos churrascos espalhados um pouco por todo lado. O final do dia deve ser completado com um peixe fresco na Maia ou por qualquer uma das festas locais, que dão alegria à ilha. Uma traçado que merece ser vivido, sobretudo sem a menor urgência.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades..

O termo de uma rota dá sempre início a uma nova jornada. 
Após um registo mais focado na construção de textos para o Açoriano Oriental, onde o blog teve por função o seu depósito, hoje inicia-se um novo percurso, em pleno espírito blogger, pelas diversas áreas da minha essência.


O "Olhar de Pássaro", inspirado por um lobo, pretende voar pelas mentes deste mundo, tocando em cada realidade, que nem um fugaz vôo a pique pela superficialidade, comodidade, nesta sociedade formatada que nos afasta do sentir, do pensar e do mudar. Trata-se de um pequeno contributo, à medida de uma gota no meio do oceano.. mas quem seremos, que exemplo, que legado deixaremos, se nada fizermos?..


Será assim tão dificíl escapar?